O Bulletin of the Atomic Scientists publicou na última terça-feira, 28 de janeiro, que o Relógio do Juízo Final se ajustou para 89 segundos antes da meia-noite. O ajuste foi decidido devido ao agravamento dos eventos globais, com ressalva para as guerras, a escalada nuclear, o avanço da IA (inteligência artificial) e os efeitos das alterações climáticas.
O presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim, Daniel Holz, enfatizou que os motivos que levaram a essas alterações não são novidade, porém que as respostas globais a esses fatores não são suficientes: “Vimos poucos avanços para enfrentar esses desafios e, em muitos casos, a situação está piorando.”
A crise climática é um dos motivos principais para essa avaliação. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, ano passado foi o ano mais quente que já foi vivido, o que evidencia que os esforços para diminuir as emissões de carbono ainda são insuficientes. Mesmo com os avanços das fontes de energia renovável, a transição para uma matriz energética mais limpa ainda lida com desafios.
Desenvolvido em 1947, o Relógio do Juízo Final é uma metáfora utilizada para mostrar a proximidade de que humanidade está de uma gigante tragédia global, como por exemplo, um colapso ambiental ou uma guerra nuclear. Esse relógio não existe, sendo um símbolo desenvolvido por cientistas em 1947. Todo os anos, um conselho composto por cientistas e especialistas, que inclui diversos vencedores do Prêmio Nobel, toma a decisão sobre a posição dos ponteiros do relógio.
Como funciona?
A meia-noite significa o fim do mundo: uma tragédia global.
Os minutos e segundos antes da meia-noite representam o nível de perigo: quanto mais próximo da meia-noite, mais elevado é o risco.
Quem ajusta o posicionamento do relógio? Uma equipe de cientistas e especialistas do Bulletin of the Atomic Scientists, que inclui diversos vencedores do Prêmio Nobel. Analisando as possíveis ameaças como guerra nuclear, alterações climáticas e novas tecnologias, como IA (inteligência artificial) militar.