Amy Webb, uma futurista, dá consultoria para as maiores empresas do mundo conseguirem se preparar para o futuro. Essa “vidente conectada” foi a atração mais famosa do maior festival de inovação e tecnologia do mundo, realizado em Austin, no Texas, o South by Southwest (SXSW).
Porém, a verdade é que ela não é uma médium e nem possui uma bola de cristal. Amy avalia dados, seguindo o rastro do dinheiro: em que setores as empresas mais investem? Anualmente, divulga um relatório com as tendências para o futuro. O de 2025 possui mil páginas.
Previsões
O balanço de Amy Webb indica três grandes tecnologias que estão se fundindo para gerar uma “supertecnologia” que transformará a forma como a gente vive para sempre.
A primeira das três é a IA (inteligência artificial). Plataformas como ChatGPT já são parte do dia a dia e imitam respostas humanas baseadas em bilhões de textos disponíveis na internet. Porém, esse é somente um dos usos possíveis da IA. E aí que vem a segunda tecnologia: sensores. Por exemplo, em carros, eles demonstram para onde você vai e qual velocidade.
“Seus celulares não têm só um sensor. Têm dezenas, de localização, altitude, velocidade, todos esses diferentes sensores. A verdade é que estamos cercados por sensores, que recebem dados, e os sistemas de inteligência artificial precisam de dados para aprender”, diz Ammy.
A terceira tecnologia é a biotecnologia, usada para criar alimentos cultivados em laboratório, assim como arroz fabricado a partir de células bovinas.
“A biotecnologia é uma ferramenta que nos dá a habilidade de ter controle sobre a natureza, e se podemos controlar a natureza e os organismos vivos, isso abre um monte de novas possibilidades e oportunidades”, revela Ammy.
Amy revelou que, em breve, vai ser possível gerar um cérebro humano em laboratório com inteligência própria, ou seja, um resultado da junção dessas três tecnologias.
“O resultado disso é a chamada inteligência viva. Acho que é aí que a gente tem que se situar, porque senão vamos perder o que está acontecendo”.