Em fevereiro de 2025 foi informado que a possibilidade de o asteroide bater na Terra no ano de 2032 cresceu, de acordo com os últimos estudos da NASA. O asteroide 2024 YR4, localizado no mês de dezembro de 2024, teve sua chance de colisão elevada para 2,6%, o que equivale a uma probabilidade em 38, se transformando na maior estimativa de risco já apontada para um objeto desse tamanho. A ESA (Agência Espacial Europeia) também analisou seus cálculos, indicando um risco semelhante, de 2,41%.
Desde que foi descoberto, o 2024 YR4 vem sendo monitorado por telescópios de todo o mundo, com cientistas reavaliando os cálculos de sua trajetória de forma constante. O asteroide tem sua amplitude estimada entre 40 e 90 metros e se atingir a superfície terrestre, pode liberar uma energia que equivale a 7,7 megatoneladas de TNT, sendo o suficiente para assolar uma cidade inteira. “Apenas porque a probabilidade aumentou na última semana, não significa que continuará subindo”, explicou o cientista da Universidade de Southampton, ao New Scientist, Hugh Lewis.
As chances de impacto do meteoro estão sempre sempre analisadas
Os astrônomos constantemente reavaliam as probabilidades de colisão que saíram de 1 em 83 para 1 em 67, logo após, 1 em 53, 1 em 43 e, atualmente, 1 em 38. Contudo, um novo agente entrou em cena: em abril, o 2024 YR4 vai passar atrás do Sol, ficando invisível para a maior parte dos telescópios terrestres. “Qualquer observação feita antes disso ajudará a refinar sua órbita e a melhorar as previsões”, revelou Lewis. A próxima janela para observar o asteroide só vai acontecer em 2028, podendo dificultar estimativas exatas daqui até lá.
Os cientistas apostam em tecnologias avançadas, por exemplo, o Telescópio Espacial James Webb, para fazer a coleta de informações sobre a composição e densidade do asteroide. “Isso vai nos ajudar a decidir o que fazer a respeito, porque um asteroide rochoso é muito diferente de um com alta concentração de ferro”, explicou Lewis. Enquanto objetos rochosos se fragmentam antes de colidir com o solo, um asteroide denso e metálico representa uma ameaça muito maior, porque libera uma quantidade consideravelmente maior de energia no impacto.