O renomado cientista britânico Isaac Newton, conhecido por suas contribuições à física e à matemática, também se aventurou no estudo de profecias apocalípticas. De acordo com seus cálculos, o fim do mundo ocorreria em 2060. Essa previsão foi baseada em sua análise do livro do profeta Daniel, no Antigo Testamento, onde Newton acreditava que Jesus arrebatará sua Igreja durante um jubileu, após a restauração de Jerusalém por Israel.
A Exposição Reveladora
Em 2007, uma exposição chamada “Os Segredos de Newton” foi realizada, revelando documentos pouco conhecidos do cientista. Esses manuscritos, pertencentes à Biblioteca Nacional de Israel, mostram que Newton não se limitou apenas à física e à alquimia; ele também dedicou tempo ao estudo de textos bíblicos e outras obras antigas. A curadora da exposição, a filósofa Yamima Ben Menahem, destacou que Newton buscava decifrar conhecimentos secretos codificados nas escrituras sagradas.
A Metodologia de Estudo de Newton
Os documentos expostos incluem cálculos e análises que Newton fez sobre o fim do mundo, bem como estudos de textos hebraicos e escritos de Maimonides. A pesquisa de Newton sobre esses assuntos foi realizada com a mesma rigorosidade que aplicava em seus trabalhos científicos. Ele se aproximou da ciência com um fervor religioso, o que levou muitos a considerá-lo uma figura quase profética.
A exposição não apenas trouxe à tona uma faceta menos conhecida de Newton, mas também convidou os visitantes a refletirem sobre as dicotomias tradicionais entre antiguidade e modernidade, ciência e religião, racionalidade e irracionalidade. A abordagem de Newton aos textos antigos mostra como ele tentava integrar suas crenças espirituais com seu trabalho científico, um tema que ainda ressoa na discussão contemporânea sobre a relação entre ciência e fé.